O apoio de Simone Tebet a Lula é líquido e certo, mas a campanha do petista passou o dia de ontem todo tentando que ele fosse feito num tom mais impactante do que o MDB pensou. O PT pressionou para que fosse um evento em que Lula e Simone estejam juntos, discursem, preguem a união nacional. E assim será no início da tarde de hoje.

Já o MDB, por questões internas, imaginou uma declaração formal dela, sem a presença do ex-presidente. Motivo: para não desagradar os bolsonaristas do partido. A ala lulista da legenda sempre preferiu, naturalmente, que os dois aparecessem juntos na cerimônia. 

Um evento mais retumbante, como o planejado, é visto como importante para se contrapor às imagens que nesta terça-feira a campanha de Jair Bolsonaro conseguiu exibir, com os apoios de Rodrigo Garcia, Romeu Zema, Sergio Moro e Claudio Castro.

Desde a noite de domingo, quando saiu o resultado das urnas, o núcleo duro da campanha de Lula tem se mostrado aturdido. O ponto central da estupefação é o resultado de São Paulo — embora não seja o único motivo de debates. Tanto o resultado que Fernando Haddad conseguiu, quanto o próprio Lula.

E, no fim das contas, sobra distribuição de culpas pelo responsável pela vitória na eleição presidencial não ter acontecido no primeiro turno. Ou, ao menos, por não ter ocorrido com uma diferença mais larga sobre Bolsonaro, ainda que fosse para ter um segundo turno.

Com informações do Jornal O Globo