O vereador delegado Rômulo Vasconcelos fez uma declaração polêmica na noite desta terça-feira (27) durante pronunciamento na sessão da Câmara Municipal de Codó. O parlamentar se manifestava contrário ao projeto de lei de abuso de autoridade, aprovado pelo Congresso e que aguarda sanção do presidente Jair Bolsonaro, quando revelou que 90% das conduções da Polícia Militar são ilegais.
“Hoje, 90% das conduções da Polícia Militar são ilegais, são ilegais. Entendeu? Eu faço, acho, que umas 50 ilegais por dia, porque eu conduzo o cara pra investigar, eu não vou poder nem mais colocar a algema no cara, entendeu?”, declarou o vereador.
Rômulo Vasconcelos disse que se o projeto for sancionado pelo presidente vai prejudicar o trabalho de agentes públicos, entre eles, policiais civis e militares.
Assista:
https://youtu.be/32VQxz5bAxo
Abuso de autoridade
A Câmara dos Deputados aprovou em 14 de agosto o projeto que endurece as punições por abuso de autoridade de agentes públicos, entre eles, juízes e promotores. Como o texto já passou pelo Senado, depende apenas da sanção presidencial.
Entre outros, o projeto prevê detenção para quem obtiver prova por meio ilícito; decretar medida de privação de liberdade em desconformidade com as hipóteses legais ou condução coercitiva de testemunha ou investigado manifestamente descabida ou sem prévia intimação de comparecimento ao juízo; quem divulgar gravação sem relação com a prova que se pretende produzir em investigação, expondo a intimidade do investigado ou acusado.
O presidente Jair Bolsonaro vem sofrendo pressão para barrar a lei, vista como uma reação do mundo político à Lava Jato. Na última quinta-feira, Dodge, pediu que o presidente vete o projeto ou parte dele.
O nobre vereador está exagerando um pouco e parece desconhecer o verdadeiro teor do PL de abuso de autoridade. O que muda no cerne do PL é a questão dos exageros, ou seja, nos abusos cometidos pelas autoridades dos três poderes. Colocar algema pode sim, desde que o o indivíduo resista à prisão, caso contrário, não precisa. Expor o indivíduo a situação vexatória e exagerada não pode mais. Isso é a base do Projeto de Lei que espera pelo sancionamento do BOZO.